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14.2.14

Resenha: Adeus, Janette - Harold Robbins

4 comentários

 Não é a primeira vez que um livro erótico é resenhado aqui no Fanatic, mas dessa vez a obra é muito mais polêmica que o tão comentado "Cinquenta Tons de Cinza".
 "Adeus, Janette" é, sem sombra de dúvidas, um dos livros mais marcantes e peculiares que já li, em parte  porque apesar de fazer referências à temas muito problemáticos, foi muito fácil para mim seguir o raciocínio do autor quanto ao enfoque da trama, e em parte porque a trama em si é algo que apenas alguém muito visionário em relação aos desejos e problemas do ser humano em seu dia-a-dia seria capaz de escrever.
 A história se passa, na maior parte, em meados do século XX, durante a ascensão da haute couture francesa, visando o cotidiano dos membros de tal sociedade por trás das passarelas, mostrando assim todos os problemas da personagem principal, Janette, e de sua mãe Tanya para conseguirem um lugar de renome dentro do mundo da moda e da alta sociedade.
Desde o começo do livro podemos notar que o sexo é descrito explicitamente, porém em palavras tão formais, que deixa de parecer algo tão sujo ou um motivo de exaltação, pois o papel do sexo dentro da trama é apenas o que vemos no nosso cotidiano, tratando-se de volúpia, mas não é o foco principal do autor. Mais para frente vemos também cenas fortes de sadomasoquismo, estupro e violência, mas todos esses assunto são coisas que, se pararmos para pensar, também são encontrados no nosso dia-a-dia por mais que raramente vejamos alguém falar abertamente sobre.
 Robbins também escreveu sobre o uso de drogas e a homossexualidade, porém sem dar uma visão de certo ou errado para esses temas, pois eles se encontram nas "vidas" dos personagens, e não como uma polêmica. Portanto, quando vemos Janette falar dos prazeres que a maconha oferece, ou da sensação de alerta depois do uso da cocaína, temos que notar que isso é o que a personagem acha, e não uma opinião formada levando em conta também as consequências os usos dessas substâncias, a opinião do autor quanto à isso fica na imparcialidade, já os personagens tem suas opiniões formadas à respeito.
Em geral o livro é ótimo, a questão é saber que enfoque dará à ele, você pode optar por parecer imaturo e focar no sexo, ou visar a trama, que é muito boa.
O sexo e as drogas são realmente elementos marcantes no livro, mas na época em que a história se passa eram mesmo temas marcantes, e, de fato, comuns de se ver. Não é como se Robbins estivesse fazendo "propaganda" do uso de drogas ou até mesmo influenciando alguém a fazer tal uso, você tem opinião própria, nós temos, e não é um livro que vai nos "obrigar" a fazer algo ou colocar um cigarro de maconha na nossa boca.
 Como qualquer outro livro, temos que saber fitra-lo se quisermos saber qual é realmente a parte em que se deve prestar atenção.

4 comentários :

  1. Na verdade esse livro me traumatizou. Mas no meu caso li ele, qd eu tinha uns 12 anos. Entt acabei achando um pouco pesado. Mas depois com uns 15 ou 16 li de novo, e achei uma obra bem rica, pq o autor mostra a realidade, sexo, drogas... Enfim... Gostei muito, e irei lê- lo de novo.

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  2. Eu tbm li este livro na adolescência e o que me traumatizou foram as partes sobre estupros, principalmente o da personagem título, quando era uma criança.

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  3. Eu já li esse livro várias vezes, Eu sempre tenho saudades de reler ele de novo. Ele tem uma história forte e uma trama muito bem entrelaçada, está na lista os melhores livros que eu já li.

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  4. Eu tbm li na adolecencia.
    E pra mim foi um otimo livro me segurou do começo ao fim.
    Mais sabia que nada daquilo me influenciaria.

    Pelo contrario retratou muitos cotidianos.

    Mais enfim otima leitura.

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